quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PED Pernambuco: Ferro x Peres.


Nem bem começaram os debates dos candidatos que concorrerão à presidência do PT no Estado e os concorrentes já dão sinais de desentendimentos. Ontem, o deputado federal Fernando Ferro, que concorre pela chapa “Pra unir o partido”, do Campo de Esquerda Unificado (CEU), externou sua preocupação com a disputa. Ele teme que possam ser utilizados “instrumentos nada recomendáveis do ponto de vista ético”, durante o pleito. “Espero que haja maturidade para que isso não ocorra novamente. Na eleição anterior, fomos derrotados por conta desses instrumentos”, lembrou.


Jorge Perez, candidato da chapa “Construindo um novo Pernambuco”, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), contesta as suspeitas de Ferro. “Não contribui para o fortalecimento do partido. Se ele tinha questionamentos a fazer, que fossem feitos nas instâncias partidárias”, reclamou.
O Processo de Eleições Diretas (PED) anterior foi marcado por trocas de farpas e de acusações entre as duas maiores correntes petistas: o CEU e a CNB. O diretório estadual teve que recorrer à nacional para definir o resultado da eleição. No primeiro turno, nove urnas do interior do Estado não chegaram a tempo da apuração e o candidato do CEU, Múcio Magalhães, vencia o pleito com 50,69% dos votos, enquanto o adversário, Jorge Perez, representante da CNB, contabilizava 47,5%. A CNB queria a apuração dos votos, pois era favorita em oito municípios e tinha a intenção de levar a disputa ao segundo turno.


O CEU entrou com recurso junto à executiva nacional, mas, antes mesmo do resultado, a executiva estadual decidiu que a eleição seria resolvida no segundo turno, o que acabou levando Perez à vitória. A CNB foi acusada de querer ganhar no “tapetão”.


Para o PED deste ano, foram inscritas oito chapas. Segundo Oscar Barreto, ex-presidente municipal do PT, quatro delas apoiam a candidatura de Ferro: “Pra unir o partido”; “Socialismo democrático e solidário”; “Não vou me adaptar, o PT é mais”; e “Resgatando o partido do Interior à Capital”. “As chapinhas envolvem um maior número de pessoas fazendo campanha para Ferro. Eles (a CNB) têm apenas uma chapa. Isso demonstra o pouco apoio dentro do PT”, afirmou Oscar.


No entanto, Perez garante que também tem apoio de petistas integrantes dessas mesmas chapas. “Tem gente me apoiando e tem gente apoiando Ferro”, disse. O presidente-candidato afirmou ainda que sua chapa “tem uniformidade e projeto político”. “O CEU é um ajuntamento de várias correntes. Na hora de discutir eles se dividem, não conseguem a unidade nem entre eles mesmos”, criticou.

Folha de Pernambuco - 26/08/2009.

PED Pernambuco: Ferro x Peres.

Nem bem começaram os debates dos candidatos que concorrerão à presidência do PT no Estado e os concorrentes já dão sinais de desentendimentos. Ontem, o deputado federal Fernando Ferro, que concorre pela chapa “Pra unir o partido”, do Campo de Esquerda Unificado (CEU), externou sua preocupação com a disputa. Ele teme que possam ser utilizados “instrumentos nada recomendáveis do ponto de vista ético”, durante o pleito. “Espero que haja maturidade para que isso não ocorra novamente. Na eleição anterior, fomos derrotados por conta desses instrumentos”, lembrou.


Jorge Perez, candidato da chapa “Construindo um novo Pernambuco”, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), contesta as suspeitas de Ferro. “Não contribui para o fortalecimento do partido. Se ele tinha questionamentos a fazer, que fossem feitos nas instâncias partidárias”, reclamou.
O Processo de Eleições Diretas (PED) anterior foi marcado por trocas de farpas e de acusações entre as duas maiores correntes petistas: o CEU e a CNB. O diretório estadual teve que recorrer à nacional para definir o resultado da eleição. No primeiro turno, nove urnas do interior do Estado não chegaram a tempo da apuração e o candidato do CEU, Múcio Magalhães, vencia o pleito com 50,69% dos votos, enquanto o adversário, Jorge Perez, representante da CNB, contabilizava 47,5%. A CNB queria a apuração dos votos, pois era favorita em oito municípios e tinha a intenção de levar a disputa ao segundo turno.


O CEU entrou com recurso junto à executiva nacional, mas, antes mesmo do resultado, a executiva estadual decidiu que a eleição seria resolvida no segundo turno, o que acabou levando Perez à vitória. A CNB foi acusada de querer ganhar no “tapetão”.


Para o PED deste ano, foram inscritas oito chapas. Segundo Oscar Barreto, ex-presidente municipal do PT, quatro delas apoiam a candidatura de Ferro: “Pra unir o partido”; “Socialismo democrático e solidário”; “Não vou me adaptar, o PT é mais”; e “Resgatando o partido do Interior à Capital”. “As chapinhas envolvem um maior número de pessoas fazendo campanha para Ferro. Eles (a CNB) têm apenas uma chapa. Isso demonstra o pouco apoio dentro do PT”, afirmou Oscar.


No entanto, Perez garante que também tem apoio de petistas integrantes dessas mesmas chapas. “Tem gente me apoiando e tem gente apoiando Ferro”, disse. O presidente-candidato afirmou ainda que sua chapa “tem uniformidade e projeto político”. “O CEU é um ajuntamento de várias correntes. Na hora de discutir eles se dividem, não conseguem a unidade nem entre eles mesmos”, criticou.

Folha de Pernambuco - 26/08/2009.

PED 2009: Conheça os candidatos ao PT Nacional.

Veja abaixo quem são os candidatos à presidência do partido e as chapas inscritas, em ordem alfabética:

Candidatos à presidência nacional do PT:

Geraldo Magela Pereira, do Distrito Federal

Iriny Lopes, do Espírito Santo

José Eduardo Cardozo, de São Paulo

José Eduardo Dutra, de Sergipe

Markus Sokol, de São Paulo

Serge Goulart, de Santa Catarina

Chapas:

Contraponto

Esquerda Socialista

Mensagem ao Partido

Movimento: Partido para Todos

Movimento Popular

O Partido que Muda o Brasil

Partido para Todos: Unidade na Diversidade

Terra, Trabalho e Soberania

Virar à Esquerda, Reatar com o Socialismo

IRINY presidente!



Em 2010, elegeremos uma mulher de
esquerda para presidente da República.
Em 2009, elegeremos uma mulher
de esquerda para a presidência do PT.
A nova direção nacional do PT, encabeçada
por Iriny Lopes, terá como tarefas imediatas
enfrentar a crise, defender o governo
Lula e vencer as eleições 2010.
Vamos eleger Dilma presidente, vencer
as eleições majoritárias nos estados, ampliar
nossas forças no Congresso Nacional e nas
Assembléias Legislativas.
Este desempenho eleitoral é parte das
condições institucionais necessárias para,
em aliança com os movimentos e partidos
do campo democrático-popular, sustentar
um governo que se apóie nas realizações de
oito anos de Governo Lula, mas vá além.
Trata-se de superar a herança neoliberal,
derrotar a ditadura do capital financeiro e
realizar reformas estruturais em nosso país,
abrindo um novo ciclo em nossa história: um
desenvolvimentismo democrático-popular,
ambientalmente orientado e articulado com
nossa luta pelo socialismo. Em linhas gerais,
isto significa:
a) lutar pela democratização profunda do
Estado e da sociedade, reforma política, fim
do controle monopolista sobre a comunicação
social;
b) ampliar o alcance e qualidade das políticas
públicas, universalizando direitos (saúde,
educação, cultura, segurança, habitação,
serviços ambientais etc);
c) enfrentar a imensa desigualdade entre
mulheres e homens, a desigualdade racial, a
homofobia e todas as formas de preconceito
e discriminação, promovendo os direitos humanos
e institucionalizando direitos sociais;
Em comparação com o PED 2007, houve duas mudanças
importantes. A primeira delas é a aliança entre as chapas
Esperança é Vermelha e Militância Socialista, agora
reunidas na chapa Esquerda Socialista. Outra novidade
é a aliança entre Construindo um Novo Brasil, PT de
Luta e Massas e Novo Rumo (que há pouco tempo atrás
se tratavam como “inimigos principais”). Esta aliança
reconstitui o antigo Campo Majoritário e desidrata
bastante a chapa ora encabeçada por Geraldo Magela,
que ficou em segundo lugar no PED 2007 e em quarto
lugar no PED 2009.
Outras novidades: Bruno Maranhão agora faz parte da
chapa Contraponto; Nelson Pelegrino, Gegê e Afonso
Magalhães migraram para a chapa de Construindo um
Novo Brasil. A base políticas destas movimentações
podem ser procuradas nos textos das teses, mas
provavelmente só poderão encontradas nos acordos
eleitorais para 2010.
d) realizar reformas estruturais, que alterem
a matriz social e econômica de nossa sociedade,
entre as quais destacamos o controle
público sobre o sistema financeiro, a retomada
das empresas que foram privatizadas, a
reforma agrária e a reforma urbana;
e) criar um modelo econômico alternativo,
que combine capacidade de crescimento,
inovação e inclusão tecnológica, geração de
emprego e renda, redistribuição de renda e
riqueza, uso sustentável e proteção dos ativos
ambientais, destacando ainda os programas
aeroespacial, ligados à biotecnologia e
ao desenvolvimento da energia renovável;
f) priorizar a juventude, imprescindível para
uma agenda estratégica de transformações;
g) incorporar a sustentabilidade sócio-ambiental
como diretriz orientadora do Plano
de Governo e a transversalidade como estratégia
integradora das políticas públicas, para
efetivar o novo modelo de desenvolvimento
economicamente viável, socialmente justo e
ambientalmente sustentável;
h) combinar a soberania nacional com a cooperação
entre os distintos povos e países que
abracem nosso projeto de integração continental.
Este programa, articulado com uma estratégia
que fortaleça o poder das maiorias
populares, aponta para a superação das relações
capitalistas, dando sentido concreto à
reafirmação do socialismo como objetivo estratégico,
adotada pelo 3º Congresso do PT.
Evidentemente, tais objetivos transcendem
a dimensão eleitoral e a duração de um
mandato presidencial. É exatamente por isto
que precisamos do Partido dos Trabalhadores,
dos movimentos sociais e partidos de esquerda,
da intelectualidade progressista: não
queremos apenas governar, não queremos
apenas administrar melhor, queremos mudar
profundamente o Brasil e o mundo.
Cabe às novas direções partidárias trabalhar
para que as idéias socialistas, democráticas
e populares tornem-se política
e culturalmente hegemônicas na sociedade
brasileira. É isto que dará permanência para
nossa luta, transcendendo as inevitáveis limitações
das lideranças, dos mandatos e das
organizações.
Vivemos um momento propício para
travar esta batalha cultural, pois a crise internacional
do capitalismo desmoralizou o
neoliberalismo.
A supremacia do mercado e do lucro, as
supostas vantagens do Estado mínimo e da
especulação financeira, as privatizações e a
abertura comercial sem critérios, a subordinação
do Brasil aos interesses dos Estados
Unidos, o desprezo pelos vizinhos latinoamericanos,
posições cultivadas pela direita
e difundidas pela mídia, demonstraram ser
apenas um veículo para a acumulação de riqueza
e poder por parte de um setor muito
diminuto da sociedade brasileira.
Além de desmoralizar ideologicamente
o neoliberalismo, a crise internacional evidenciou
o alto custo humano e ambiental do
capitalismo, sendo não apenas possível, mas
necessário e urgente construir outro modo
de produção, voltado não ao lucro, mas ao
atendimento das necessidades humanas.
Cabe aos partidos de esquerda, aos movimentos
sociais e aos governos vinculados
aos trabalhadores estimular um amplo e
qualificado debate sobre a crise e sobre as
alternativas.
Não nos surpreendemos com a crise, que
é recorrente na trajetória do capitalismo. Não
comemoramos a crise, pois ela traz sofrimentos
para dezenas de milhões de trabalhadores
em todo o mundo. Mas tampouco nos acovardamos:
a crise constitui uma extraordinária
oportunidade, tanto para impor limites ao capitalismo,
quanto para iniciar um novo ciclo
de tentativas de construção do socialismo.
Para isto, o PT deve combinar força institucional
e capacidade de mobilização de
massa, com criatividade ideológica. Manter
a perspectiva socialista e construir um Brasil
democrático popular no contexto da integração
latino-americana, exige mobilizar as melhores
tradições culturais, artísticas e intelectuais
presentes no povo brasileiro.
As novas direções devem defender a hegemonia
do Partido dos Trabalhadores, desde
agora, na campanha de 2010, no lançamento
de candidaturas petistas nos estados, no futuro
governo Dilma, bem como ao longo dos
próximos anos e décadas.
O PT possui história, realizações, apoio
popular e potencial para liderar a luta por
transformações políticas, sociais e econômicas
que não apenas melhorem a vida aqui e
agora, mas que também construam um país
socialista.
Mas para estar à altura desta missão, o PT
precisa mudar profundamente. Trata-se de reafirmar
o norte ideológico, recuperar o pensamento
estratégico, ter capacidade de direção
política, renovar nossos laços organizados com
as bases sociais que são nossa razão de existir.
Isto exige mudanças na relação do PT com
a sociedade, prioridade estratégica para os
movimentos sociais e partidos de esquerda,
autonomia na relação com os governos. Exige
mudanças em nosso funcionamento interno,
na capacidade de formulação, comunicação,
formação política, finanças, procedimentos de
filiação, relação das direções com a militância.
Dar conta de todas estas tarefas exigirá
uma direção coletiva e experiente, capaz de
dialogar internamente e com os aliados, mas
capaz também de muita firmeza no trato com
os adversários e inimigos da democracia, da
igualdade social, da soberania nacional e da
integração continental.
O compromisso de vida com o socialismo
petista, traduzido numa trajetória de lutadora
social, dirigente partidária e deputada federal,
credenciam Iriny Lopes para coordenar a
nova direção nacional do PT.

Sistema informatizado do PED já está no ar

Além do SisFil, que já conta com a adesão de mais de 750 diretórios municipais, está também em operação o SisPED – Sistema Informatizado do PED 2009.

O SisPED é uma ferramenta que permite aos diretórios do PT, em todos os níveis, organizar e acompanhar o processo de eleição interna – da inscrição das chapas e candidatos à divulgação dos resultados, atém a montagem do diretório e da executiva.

Pelo sistema, os diretórios também poderão obter todo o material necessário para as eleições, como listas, cédulas e atas.

A Comunidade PT será a porta de acesso do filiado à Rede PT Brasil e ao SisPED.

Através da Comunidade, qualquer filiado poderá registrar sua chapa ou seu candidato a Presidente, obtendo o protocolo eletrônico do registro. Poderá também escolher o melhor local de votação dentro de seu município, indicar os fiscais de sua chapa, consultar resultados do PED e indicar os eleitos de sua chapa.

Como aderir à Rede PT Brasil

O diretório municipal ou zonal que desejar aderir à Rede PT Brasil deve contatar a Secretaria de Organização do PT em seu Estado e agendar uma reunião com a equipe de implantação.

A partir daí assinará um "Termo de Adesão" se comprometendo a manter arquivados os documentos comprobatórios das operações feitas, processar no devido tempo os pedidos de filiação e transferência recebidos e submeter-se à auditoria periódica ou eventual.

Deverá ainda indicar em reunião (com ata) um dirigente para operar cada um dos sistemas, que assinarão um "Termo de Responsabilidade" e receberão a senha de acesso.

mais: www.pt.org.br