quarta-feira, 26 de agosto de 2009

IRINY presidente!



Em 2010, elegeremos uma mulher de
esquerda para presidente da República.
Em 2009, elegeremos uma mulher
de esquerda para a presidência do PT.
A nova direção nacional do PT, encabeçada
por Iriny Lopes, terá como tarefas imediatas
enfrentar a crise, defender o governo
Lula e vencer as eleições 2010.
Vamos eleger Dilma presidente, vencer
as eleições majoritárias nos estados, ampliar
nossas forças no Congresso Nacional e nas
Assembléias Legislativas.
Este desempenho eleitoral é parte das
condições institucionais necessárias para,
em aliança com os movimentos e partidos
do campo democrático-popular, sustentar
um governo que se apóie nas realizações de
oito anos de Governo Lula, mas vá além.
Trata-se de superar a herança neoliberal,
derrotar a ditadura do capital financeiro e
realizar reformas estruturais em nosso país,
abrindo um novo ciclo em nossa história: um
desenvolvimentismo democrático-popular,
ambientalmente orientado e articulado com
nossa luta pelo socialismo. Em linhas gerais,
isto significa:
a) lutar pela democratização profunda do
Estado e da sociedade, reforma política, fim
do controle monopolista sobre a comunicação
social;
b) ampliar o alcance e qualidade das políticas
públicas, universalizando direitos (saúde,
educação, cultura, segurança, habitação,
serviços ambientais etc);
c) enfrentar a imensa desigualdade entre
mulheres e homens, a desigualdade racial, a
homofobia e todas as formas de preconceito
e discriminação, promovendo os direitos humanos
e institucionalizando direitos sociais;
Em comparação com o PED 2007, houve duas mudanças
importantes. A primeira delas é a aliança entre as chapas
Esperança é Vermelha e Militância Socialista, agora
reunidas na chapa Esquerda Socialista. Outra novidade
é a aliança entre Construindo um Novo Brasil, PT de
Luta e Massas e Novo Rumo (que há pouco tempo atrás
se tratavam como “inimigos principais”). Esta aliança
reconstitui o antigo Campo Majoritário e desidrata
bastante a chapa ora encabeçada por Geraldo Magela,
que ficou em segundo lugar no PED 2007 e em quarto
lugar no PED 2009.
Outras novidades: Bruno Maranhão agora faz parte da
chapa Contraponto; Nelson Pelegrino, Gegê e Afonso
Magalhães migraram para a chapa de Construindo um
Novo Brasil. A base políticas destas movimentações
podem ser procuradas nos textos das teses, mas
provavelmente só poderão encontradas nos acordos
eleitorais para 2010.
d) realizar reformas estruturais, que alterem
a matriz social e econômica de nossa sociedade,
entre as quais destacamos o controle
público sobre o sistema financeiro, a retomada
das empresas que foram privatizadas, a
reforma agrária e a reforma urbana;
e) criar um modelo econômico alternativo,
que combine capacidade de crescimento,
inovação e inclusão tecnológica, geração de
emprego e renda, redistribuição de renda e
riqueza, uso sustentável e proteção dos ativos
ambientais, destacando ainda os programas
aeroespacial, ligados à biotecnologia e
ao desenvolvimento da energia renovável;
f) priorizar a juventude, imprescindível para
uma agenda estratégica de transformações;
g) incorporar a sustentabilidade sócio-ambiental
como diretriz orientadora do Plano
de Governo e a transversalidade como estratégia
integradora das políticas públicas, para
efetivar o novo modelo de desenvolvimento
economicamente viável, socialmente justo e
ambientalmente sustentável;
h) combinar a soberania nacional com a cooperação
entre os distintos povos e países que
abracem nosso projeto de integração continental.
Este programa, articulado com uma estratégia
que fortaleça o poder das maiorias
populares, aponta para a superação das relações
capitalistas, dando sentido concreto à
reafirmação do socialismo como objetivo estratégico,
adotada pelo 3º Congresso do PT.
Evidentemente, tais objetivos transcendem
a dimensão eleitoral e a duração de um
mandato presidencial. É exatamente por isto
que precisamos do Partido dos Trabalhadores,
dos movimentos sociais e partidos de esquerda,
da intelectualidade progressista: não
queremos apenas governar, não queremos
apenas administrar melhor, queremos mudar
profundamente o Brasil e o mundo.
Cabe às novas direções partidárias trabalhar
para que as idéias socialistas, democráticas
e populares tornem-se política
e culturalmente hegemônicas na sociedade
brasileira. É isto que dará permanência para
nossa luta, transcendendo as inevitáveis limitações
das lideranças, dos mandatos e das
organizações.
Vivemos um momento propício para
travar esta batalha cultural, pois a crise internacional
do capitalismo desmoralizou o
neoliberalismo.
A supremacia do mercado e do lucro, as
supostas vantagens do Estado mínimo e da
especulação financeira, as privatizações e a
abertura comercial sem critérios, a subordinação
do Brasil aos interesses dos Estados
Unidos, o desprezo pelos vizinhos latinoamericanos,
posições cultivadas pela direita
e difundidas pela mídia, demonstraram ser
apenas um veículo para a acumulação de riqueza
e poder por parte de um setor muito
diminuto da sociedade brasileira.
Além de desmoralizar ideologicamente
o neoliberalismo, a crise internacional evidenciou
o alto custo humano e ambiental do
capitalismo, sendo não apenas possível, mas
necessário e urgente construir outro modo
de produção, voltado não ao lucro, mas ao
atendimento das necessidades humanas.
Cabe aos partidos de esquerda, aos movimentos
sociais e aos governos vinculados
aos trabalhadores estimular um amplo e
qualificado debate sobre a crise e sobre as
alternativas.
Não nos surpreendemos com a crise, que
é recorrente na trajetória do capitalismo. Não
comemoramos a crise, pois ela traz sofrimentos
para dezenas de milhões de trabalhadores
em todo o mundo. Mas tampouco nos acovardamos:
a crise constitui uma extraordinária
oportunidade, tanto para impor limites ao capitalismo,
quanto para iniciar um novo ciclo
de tentativas de construção do socialismo.
Para isto, o PT deve combinar força institucional
e capacidade de mobilização de
massa, com criatividade ideológica. Manter
a perspectiva socialista e construir um Brasil
democrático popular no contexto da integração
latino-americana, exige mobilizar as melhores
tradições culturais, artísticas e intelectuais
presentes no povo brasileiro.
As novas direções devem defender a hegemonia
do Partido dos Trabalhadores, desde
agora, na campanha de 2010, no lançamento
de candidaturas petistas nos estados, no futuro
governo Dilma, bem como ao longo dos
próximos anos e décadas.
O PT possui história, realizações, apoio
popular e potencial para liderar a luta por
transformações políticas, sociais e econômicas
que não apenas melhorem a vida aqui e
agora, mas que também construam um país
socialista.
Mas para estar à altura desta missão, o PT
precisa mudar profundamente. Trata-se de reafirmar
o norte ideológico, recuperar o pensamento
estratégico, ter capacidade de direção
política, renovar nossos laços organizados com
as bases sociais que são nossa razão de existir.
Isto exige mudanças na relação do PT com
a sociedade, prioridade estratégica para os
movimentos sociais e partidos de esquerda,
autonomia na relação com os governos. Exige
mudanças em nosso funcionamento interno,
na capacidade de formulação, comunicação,
formação política, finanças, procedimentos de
filiação, relação das direções com a militância.
Dar conta de todas estas tarefas exigirá
uma direção coletiva e experiente, capaz de
dialogar internamente e com os aliados, mas
capaz também de muita firmeza no trato com
os adversários e inimigos da democracia, da
igualdade social, da soberania nacional e da
integração continental.
O compromisso de vida com o socialismo
petista, traduzido numa trajetória de lutadora
social, dirigente partidária e deputada federal,
credenciam Iriny Lopes para coordenar a
nova direção nacional do PT.

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